Através da névoa tudo o que podia se ver era o brilho da vela presa à proa do pequeno bote de madeira escura.
Dentro do bote, uma criança repousava tranqüila, um sono silencioso.
O único som que se podia ouvir era o das pequenas ondas batendo preguiçosamente na madeira, enquanto empurravam o bote, calma, mas decididamente para frente.
O mar não tem pressa, ele ficará ali para sempre, tem todo o tempo necessário.
O bote estava no mar há quanto tempo? Dias? Semanas? Meses? Na verdade não importava, o bote já nem lembrava a última vez a última vez em que vira terra.
O seu navegar era certo, e seu balançar aconchegante, e só isso lhe era importante.
Mas não à criança, para ela o importante era chegar, então ela abriu os olhos e sentou-se.
A névoa era espessa, mas a luz da vela iluminava o caminho, e à distância a criança podia ver uma silhueta se distinguir em meio à névoa, alta e imponente, mas viva e desencontrada. Um castelo perdido na névoa.
[conto] Castelo de Névoa e Sonhos [Pt 1]
Postado por [.Victor ECA.] às 10:46
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